terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Naufrágio do Barco Cor de Âmbar.

Sentado na beira do cais
Sem nada a minha volta
Sem papel e nada mais
Me veio a inspiração
Sentado na beira do cais
Fiz um barco de papel
Esperei que ele pudesse pelo mar navegar
Foi nessa esperança tola
Que vi meu barco naufragar
Sentado na beira do Cais
Como quem vê o mar
A vida diante do espelho
D'água me faz viajar
Lá se foi aquele barco
Pequeno, frágil e âmbar
Morar com os peixinhos
Que habitam o fundo do mar
Sentado na beira do cais eu pude decifrar
Que a vida é passageira
E reflete-se na onda a rolar
Um dia quando eu voltar
talvez não encontre o lugar
Do naufrágio do barco frágil
Que tinha cor de âmbar
Sentado na beira do cais
Eu pude observar
Que o barco não serve pra nada
A não ser pra afundar
Levando com ele os sonhos
Todinhos pro fundo do mar.
(Continuar depois)
Bruno Faleiro

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Papel Toalha

Eu não quero rimar pra você, francamente eu poderia fazer de você todos os versos de uma rima, mas te desigualar me faria acreditar que por um instante que você foi única, te fiz de rascunho num
papel toalha.
Toalhas de papel para que eu não enxugue você, para que eu possa ver em seu corpo toda sua aurea percorer quando molhado ele estiver.
Papéis não servem pra enxugar, eles servem pra escrever, rimas de um verso triste, mas dos quais eu não posso rimar você.

Pule da Janela

Há tempos que venho pensando sobre algo que me acompanha. É estranho ter e não poder ver o que se tem, sentir e não saber o porque se sente. Nada mais faz parte de mim, e até mesmo meus discursos idiotas ficaram pro dia seguinte, nessa busca pelo agora, me perdi dentre todos. Hoje sou eu, sou único e meu tempo é ouro. Poder bradar seria uma linda forma de aliviar, mas teria quem fizesse crítica e essa certamente não é a minha intenção. O que hoje em mim habita, é uma grande depressão, um bomba de sentimentos nostalgicos em plena erupção, grande , pequena, do tamanho certo pra matar o meu problema.
Eu me encontro fraco, num estado não muito animado, mas preciso estar aqui, eles querem me levar e eu grito: eu fico... eu fico por aqui mais um tempo.
Talvez eles duvidem da minha força, mas eu luto fácil contra o que dentro de mim me persegue. A noite é o prato quente pra eu me sentir frio, é na hora de por a cabeça no travesseiro que ele mais me assombra, pois é quando estou sozinho, nao fosse pela noite esse fantasma nunca entraria no caminho.
Quando eu penso que tudo estava certo, descrubo que errei pra isso. Seriam só mais alguns instantes de prazer pra me faltar pro resto de minha vida.
Entretanto eu já sei, mesmo que ela esteja em mim, eu não estarei nela. Faça como eu, pule da janela.