segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Naufrágio do Barco Cor de Âmbar.

Sentado na beira do cais
Sem nada a minha volta
Sem papel e nada mais
Me veio a inspiração
Sentado na beira do cais
Fiz um barco de papel
Esperei que ele pudesse pelo mar navegar
Foi nessa esperança tola
Que vi meu barco naufragar
Sentado na beira do Cais
Como quem vê o mar
A vida diante do espelho
D'água me faz viajar
Lá se foi aquele barco
Pequeno, frágil e âmbar
Morar com os peixinhos
Que habitam o fundo do mar
Sentado na beira do cais eu pude decifrar
Que a vida é passageira
E reflete-se na onda a rolar
Um dia quando eu voltar
talvez não encontre o lugar
Do naufrágio do barco frágil
Que tinha cor de âmbar
Sentado na beira do cais
Eu pude observar
Que o barco não serve pra nada
A não ser pra afundar
Levando com ele os sonhos
Todinhos pro fundo do mar.
(Continuar depois)
Bruno Faleiro

domingo, 24 de janeiro de 2010

Solidão

Deverias ter medo da morte, mas menos que desta, deveria ser o medo da solidão, medo de não ter, de ficar só, de ser só. Estar só pode ser um estado de espírito, mas pode ser também falta de espírito, ausência de ombro e alento.
Estar só é a vontade de pensar, flutuar em pensamentos, todavia também tem a vontade de estar acompanhado, não suprida, temida.
Solidão: se fossemos procurar no dicionário, sei lá o que encontrariamos, talvez ausência de algo ou alguém, entre tantas explicações, mas a verdade é que só há um motivo: não ter.
(preciso continuar depois)
Bruno Faleiro

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

LOUCURA DE UM LOUCO

Que tudo é mais forte

E o universo pára

A inocencia dá lugar a loucura

E é onde o amor se encontra

Um toque, um gesto, seu corpo.

Como tudo é tão louco.

Só eu estar aqui e viajar no universo

Loucura de alma que foi viajar, e por sorte, por muita sorte achou você em algum lugar.

Idéia louca, mãos, braços e você tudo do muito que tenho.

É metade de você, que foi minha estrada, e hoje é minha saída, de um mundo para o outro, que a nossa felicidade, seja bem-vinda.

Afinal "...dizem que eu sou louco, por eu ser feliz."

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Banhava-se de sol aquela branca e fria lua, na madrugada das manhãs acinzentadas e carregadas dos ares sombrios, gélida como a possuir dentro de sí a umidade da neblina, a esconder o quê não se sabe. Deixando-se transpassar por pequenos filetes de ar, desfazia-se então em um imenso clarão, emanando raios de exatidão sobre a cidade flutuante do Rio de Janeiro, e aos poucos num movimento exuberante bradavam ruídos e passos descompassados. Como a fugir de um circuito catabolístico de podridões efêmeras, conjuntas, quizá uma ode ao que chamaremos de ciclo dos desesperados, ansiando pela busca de crescimento póprio, sem visão da nudez do mundo.
Dos fornos exalava o cheiro matutino, o ilegível papel não transmitia a célebre notícia dos traseuntes que desfrutam o pomar do célebro alheio. Apiedou-se diante da luz solar a massa corpórea dinâmica, na tentativa de transmutar-se com velocidade, por esse motivo, o movimento se deteriorava, era lento, impreciso, anguloso. Daria fim a tal ciclo de barbariadade o levantar d'outro satélite natural, imensa e amarela para findar a excrepância da naturalidade.
(Esse texto é para não entender... são coisas rápidas que vem como flashes à cabeça.)

Às Decorações.

Peixes são iguais a pássaros
Só que cantam sem ruído
Som que não vai ser ouvido

Voa águias pelas águas
Nadadeiras como asas
Que deslizam entre nuvens

Peixes, pássaros, pessoas
Nos aquários, nas gaiolas,
Pelas salas e sacadas
Afogados no destino
De morrer como decoração das casas

Nós vivemos como peixes
Com a voz que nós calamos
Com essa paz que não achamos

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Siga

Onde é a 2° ponte?

Segue enfrente senhor, passa por três ruas, acho que a primeira se chama, desejo, a segunda tesão, a terceira nao sei não mas ´parece-me similar a tesão, naquela curva mais acentuada a contramão mesmo você pode fazer, chegar nesta ponte é fácil apesar de haver mais de um caminho, é como conta, você se complica com vários calculos e acha um resultado.

Aqui, você pode começar pela cabeça, que é o nome da parte que decifra o caminho, talvez por lá você ache alguma coisa meio escura, mas, que vai te vê, uma meio rosa que pode te morder, qualquer coisa pode acontecer, e até mesmo eu de lá do outro lado consigo ouvir.

se você pular não fará, e aí, já sabe né? Nunca que vai dá certo, é preciso passar por etapas e ao adentrar cuidado, é meio liso e meio assombroso, um corpo estranho como o de qualquer outro que nao seja o seu, o meu o teu, um deus...

Pernas que fazem ponte com a parte central na qual se localiza o vão da evolução no lado fêmea da minh pessoa, engorda, emagrece, sobe ou desce, tem peito, pêlo, piercing pelos pólos de uma rotina de translação, se você gira e pega a parte traseira de tudo o que você vai ter na mão encontra uma divisão, são duas vias de sedução, uma leva a nuca a outra é melhor nem falar, por hora, não acho bom.

Um apoio é feito por algo largo e feio, são cinco pontas, algumas veias, uma completa passada pelos caminhos a serem percorridos...
termina onde começa a vida, algo que lguns medem, outros usam, alguns pedem, abusam, possuem, fazem mal, bem, e até tentão salivar, mamar, beijar, chupar, nem sei mais o que posso falar.E a ponte meu caro, achou?

Acabei de achar!

E ficava perto?

Bem aí, onde você está!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Carta à Felicidade

Pá,pá,pá
bateu a pessoa do outro lado
desceu as escadas como a fugir da altura de seus pensamentos
correu pelos corredores como a fazer circulos
se jogou no meio da sala
de frente para o chão, sentia sua respiração na própria face
o frio le passava pelo corpo
levantou-se ao se sentir incomodada
dessa vez andou, arrastava os pés
como se estivesse saido de algo que a cansara
tirou as peças de roupas que a cobriam,
subiu lentamente a escada de madeira enegrecida
avistou por alguns instantes coisas que nunca havia visto
ali, na sua frente
era grande demais para entender o que se passava
tão grande que se tornava dificil do pequeno aproximar-se
era bom, era ruim
não que quisesse mas, fazia parte de si
continha o nada que todo mundo tem
e a falta de capacidade
era alguem a quem poderia sentir pena
não era a Clara, nem a Ciara
estava como Valéria, como Antônia
mas se esondia dentro do que se possuia
está hoje que habita em meu corpo
e se chama alegria
ela não se encontra com niguem todo dia

ela costuma vir a noite visitar meus sonhos, ou então faz o favor de se esconder deles e me deixar em desespero, por vezes eu corro atrás dela, ela corre de mim, e corre pra mim, vem acompanhada de algumas pessoas que esbarram nas vielas das minhas avenidas, se embaraçam com meus sentimentos e dão razão a certos atos, ela costuma chegar perto das pessoas que eu amo através de mim...eu tenho uma caixinha só de lembrança dos momentos que ela me propicia.
Esteja sempre comigo, mesmo que nao seja sempre todavia, enfeite o meu dia por algumas vezes, me doe alguns instantes de você, para que eu possa qualquer dia desses voltar a te escrever

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hans

Estou no mundo de Hans, passo o dia feito uma personagem, dependendo da compainha e do meu astral modifico o conto, costumo acordar pisando em plumas de segunda a sexta, tomo banho viajando na carona de uma estrela, sinto a água passar pelo meu corpo e depois como se fosse mágica vejo-me seco por uma mão de outra textura e outra cor, ao sair, dou 5 passadas até chegar ao meu mundo, meu quarto, lá eu fico nú, me vejo duplamente antes de vestir meu personagem diário, oculto ele para somente a noite, na hora de dormir ele possa reaparecer. Quando começo a me vestir, ele, vai se ocultando em meio as roupas quase sempre de tons básicos, "o" ultilizo na minha mente, saido de casa num outro "eu", um "eu" só meu, diferente de todos que visto, diariamente, passo minha manhã com ele, quando chego a faculdade a nova pessoa que me habita fala com todos, beija, e faz os outros rirem, ao termino das aulas, esta mesma, vem de algo que pode se comparar a uma minhoca de cor metálica, no caminho vejo o templo do mês de fevereiro, costumo sair quase ao meio dia de todo dia, em média chego em quarenta minutos num Beija-Flor, que por incrível que pareça não tem suas cores, passo a tarde conhecendo outros "eus" mascarados pelo poder de não podermos nos ver, se mentem eu não sei, todavia, eu não acredito.

A noite eu vejo o meu "eu" verdadeiro, as quartas ele fala outra lingua, as quintas ele se anima e samba ao som de uma azul e branca no alto de um morro, o resto da semana ele se conserva e ri das coisas que lembra, ele esta sempre comigo, apesar de se esconder está sempre a amostra, todos tem esse "eu" como o meu, só que é como voz e mediunidade, uns afloram e outros não, aceito ele numa boa, e até sou feliz por ter ele em mim...
Ele tem todas as cores, seu símbolo é o arco-íris, sua alegria mior é ter outros ao seu lado, seu maior desejo é ter sempre um desejo diferente, seu local, são todos, seu momento na maioria os noturnos, sua voz, sua maneira...toda sua instrutura de viver, vem apoiada por esse corpo de carne, que é taxado, e que apesar disso sustenta a carga e consegue sorrir. E quando nesse país a sexualidade foi tudo?

sábado, 2 de janeiro de 2010

Super proteção

Perdeu a cabeça e atirou-me palavras como pedras, não me perfurou mas deixou marcas, tá sendo difícil ter que aguentar toda essa carga negativa, é impossível o negro sobrepor o multicolor, sua mãe te grita e diz que não dá, você ignora e sabe, que tudo que ela fala dura só um momento, é a super proteção ultrapassando a razão, mais que um pensamento que se vai, duas mil palavras que saem e uma cabeça cheia para tudo ouvir, sem nada dizer.
Um banho relaxante, um açúcar ou adoçante dentro de um maracujá. Sem adoçar, engulo tudo que me vem a boca, para que nada possa piorar, nessas horas é melhor não se soltar, aprender a se conter dentro de si, que pode parecer ruim, a princípio, mas é o melhor lugar; Nos sonhos dessa noite eu pretendo sonhar, que estou voando, esvairando os solavancos das palavras que estavam a me aguniar, pra que quando eu acorde e a luz de meus olhos a vejam, e que novamente eu volte a amar.