sábado, 24 de abril de 2010

Despedida da turma de Comissário de Bordo (CMS121)

Quando chega a hora do adeus, o que fica pra trás é a vontade de se despedir. Você sente aquele aperto por ter que de certa forma abandonar tudo aquilo que foi construído num determinado espaço de tempo, mas que ficará só na memória depois do último dia.
Então você sente aquela vontade louca de chorar, de rir, de abraçar todos aqueles que construiram toda essa história ao seu lado, uma lágrima se desprende do seu olho e as outras insistem em acompanhá-la, sem ter muito o que fazer, você se entrega e deixa que todas as suas emoções se transpassem por meio delas, toda aquela alegria infinda e ao mesmo tempo aquele ápice de tristeza de ter que deixar aquela unidade.
então um filme começa a passar pela sua cabeça, o primeiro dia de aula, o primeiro encontro, a primeira palavra, o início da amizade, o companheirismo, a notícia que não agradou, a notícia que fez você ver o mundo em cores, os abraços, os beijos, as saídas, os sonhos compartilhados, os testes de sobrevivência, esporros, provas, algumas colas só pra dá um nervoso que só temos nesse momento, o grito de felicidade a cada nota alta, e no fim isso tudo, me desculpem, isso nunca será o fim. Esse é o mero começo de tudo que teremos pela frente. Se você não acredita ainda, veja o primeiro avião no céu, lembre-se de que um dia ele passava por você e fazia parte dos seus sonhos, hoje, ele faz parte das sua realidade.
Acho que agora vem a parte mais difícil, o que eu jamais queria fazer... ter que me despedir de vocês com algumas palavras, uma vontade imensa de chorar, voz embargada e milhões de coisas passando pela cabeça. Eu quero poder ter vocês sempre comigo, seja onde for, mas certamente será no céu, o que todos nós sempre teremos em comum.
Pra terminar, dizer que não há nada que pague o prazer que foi tê-los como companheiros de turma e por fim dizer que será maior ainda o prazer de ter vocês como companheiros de profissão. Acho que dizer obrigado é muito pouco, mesmo assim obrigado.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ele e eu.

Há flores de cores concentradas
Ondas queimam rochas com seu sal
Vibrações do sol no pó da estrada
Muita coisa, quase nada
Cataclismas, canrval
Há muitos planetas habitados
E o vazio da imensidão do céu
Bem e mal e boca e mel
E essa voz que Deus me deu
Mas nada é igual a ele e eu
Lágrimas encharcam minha cara
Vivo a força rara desta dor
Clara como o sol que tudo ama
Como a própria perfeição da rima pro amor
Outro homem poderá banhar-se
Na luz que com esse mesmo cresceu
Muito morto que nasce
Muito tempo que morreu
Mas nada é igual a ele e eu.

(Para P. Rodrigo)

sábado, 3 de abril de 2010

Fantástico Mundo à Fundo

Parece que foi ontem que a chapeuzinho vermelho caminhava pela floresta enquanto o lobo mal à caçava para come-la, que a Cinderela dormia para acordar horas depois com um beijo dado pelo fantástico príncipe ou então que a Branca de Neve levantara também pelo derradeiro beijo dado já preste a ser enviada ao vale do encanto, a Bela de tudo que tinha se casou com a Fera, os três porquinhos foram refugiados, João e Maria queriam de verdade se perder, mas foram achados pelo acaso, libertados pela coragem. Rapunzel que esqueceu-se de jogar suas tranças que não eram mais longas, lembrou-se que pelo instante que das incostancias, deveras seu príncipe morto está. Oh que louca maneira de contar os fatos, relatos dos mais verdadeiros dados, gente que presta atenção no que acontece, e pelas vias de fato agradece a chance de não ter embutido qualquer coisa que viesse a tampar-me os ouvidos, pra que eu pudesse nessa noite de céu claro dizer ao sol, que o mundo fantástico me aconteceu num sonho, desses que terminam derrepente, quando a máquina que é cérebro descobre que é gente, que pra viver fantasia precisa-se de poesia, mas poesia lembra, dor, amor e isso já fica angustiante, para o peito do cavaleiro, que cavalga em seu escudeiro relembrando as atrocidades espalhadas pelas cidades, do mediaval ao atual, antes guerreiros e agora políticos. Grande farça do Disney, criando suas caricaturas, animais em figura, pessoas sem demasia, normais como alienigenas prateados pintados de verde, tudo muito infantil, como o mundo dos desenhos, e mais alguns ao meu lado que relembram que pra nada serve a história se no fim tudo que foi contado não passou de uma fantasia.
(Rs* Ando meio surtado. Me desculpem os erros, mas a velocidade de raciocínio, nem sempre são, impede-me de digitar todas as palavras d forma correta. E não as corrigirei, quero poder ler assim, como está.)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Jaula.

Palavras são jaulas
opiniões são prisões
que moldam sem querer
pessoas e

O inferno são os outros, que nos fazem sermos quem diferentemente seriamos se não fossem o que nos é falado pelas bocas alheias que transitam na ruas, vielas, becos e avenidas.
Feliz são os loucos, que são poucos, curtidos pela insanidade, pela verdade de ser quem se é, de verdade, sem vaidade. No fundo uma experiência antiga, que se renova. Torna cada dia mais impossível, a possibilidade de ser você, sem sofrer influência.
Aceite as opiniões, mas não sem antes saber suas... suas, bem, você sabe.
Todas as jaulas são construídas a partir de quem a deixa montá-las a sua volta.
Ontem quando vi dois meninos na rua, sabia que eles haviam a mior liberdade de todas, era uma liberdade diferenciada, uma liberdade, sem cobertor, nem teto. Estavam a derivar nos ventos soprados por entre os prédios e as colunas que pendiam a rodoviária. Queria ter a liberdade deles, tendo tudo que tenho, mas seria impossível. A vaidade é uma prisão, o luxo é uma prisão, e mais do que qualquer outra coisa, as pessoas. Não você, as outras.
(sei nem pra quem, nem por quê, nem pra quê escrevi isso, mas foi-se. Se me der na telha depois eu mudo)
E viva o inferno dos outros. O nosso é sempre feio.