sexta-feira, 6 de maio de 2011

Grilhões

Queria agora que o mundo parasse... gritar um pouquinho talvez me fizesse bem, mas ficar em silêncio talvez fosse melhor. acabei de tragar um gole de qualquer coisa que não é nem um pouco doce, não me pessa para explicar... não, não é fel, não é amargo. Porra! Eu já disse que não tem um gosto específico, só sei que dói.


Eu sou feliz, mas nesse momento eu queria muito esquecer que eu existo ou então que as outras pessoas existem, ficar sozinho, escutar a si, bater palma, xingar qualquer palavra inventada.

Abram as portas da minha casa, quero ver o ar que circula, abram mais portas do que todas as que existem por aqui, esse vácuo não pode ser tão grande quanto a imensidão do meu quarto frio.

Rainha dos raios, faz estrondo, manda raio. Você que é do Mar, agita as ondas, manda água. O da Mata, vem com seu cavalo triunfante, cavalgue para o além de qualquer eu pacífico de existência. Mãe do choro, me deixe livre do que me consome. É uma súpilca! O dia está branco, e eu gris aqui dentro.