domingo, 16 de maio de 2010

Vagabundo!

Hoje dei adeus a toda aquela paz que sempre me acompanhava
Gritei comigo mesmo e desesperado chorei, sozinho na rua
Tentei me ouvir, mas não me escutei
Me surrei, mas nada senti
Entre marcas de dor e suspiros
Me distanciei de mim
Algo que me fez viajar
Bem longe, num outro lugar
Num tempo perdido, pra eu nunca me achar
Lá onde o tempo não passa
Onde o dia, nem na noite termina.
Lá, bem distante...
O suficiente pra eu não alcançar com os olhos
ao longo, um tombo, no tango do fim
Metade era inteiro, e o inteiro em mim
Já não era nada, inteira era a estrada
Que me faz me perder, dos carros, carroças...
Difícil é aceitar essa idéia de paraíso
Onde tudo é leve, pleno
Cheio de vazio
Louco é o são as avessas
E acredite, o mundo jura ser bom
Dá voltas e nos faz parar no mesmo lugar
Atira e consegue sangrar
E a noite ele todo dia nos dá
Puta infelicidade que nos segue
Abriga-te nos fins de casos, nos acasos
Busca moradia onde ninguém faz morada
Mas e você, cadê?
Você vive dentro "dum" pote
nos outros, no ouro, em mim, onde enfim?
Ahh sim...
Nada de mim, apenas meu mundo
Do tudo do pouco do nada que sei
Me fiz sem jeito, um bem pra mim
Em ser assim: Vagabundo!

Um comentário:

  1. Achei lindo... Eu não sabia que vc escrevia tão bem... Parabéns migu... E estarei sempre aqui...

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