sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Banhava-se de sol aquela branca e fria lua, na madrugada das manhãs acinzentadas e carregadas dos ares sombrios, gélida como a possuir dentro de sí a umidade da neblina, a esconder o quê não se sabe. Deixando-se transpassar por pequenos filetes de ar, desfazia-se então em um imenso clarão, emanando raios de exatidão sobre a cidade flutuante do Rio de Janeiro, e aos poucos num movimento exuberante bradavam ruídos e passos descompassados. Como a fugir de um circuito catabolístico de podridões efêmeras, conjuntas, quizá uma ode ao que chamaremos de ciclo dos desesperados, ansiando pela busca de crescimento póprio, sem visão da nudez do mundo.
Dos fornos exalava o cheiro matutino, o ilegível papel não transmitia a célebre notícia dos traseuntes que desfrutam o pomar do célebro alheio. Apiedou-se diante da luz solar a massa corpórea dinâmica, na tentativa de transmutar-se com velocidade, por esse motivo, o movimento se deteriorava, era lento, impreciso, anguloso. Daria fim a tal ciclo de barbariadade o levantar d'outro satélite natural, imensa e amarela para findar a excrepância da naturalidade.
(Esse texto é para não entender... são coisas rápidas que vem como flashes à cabeça.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário